Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO
Para compreender melhor leia o post Crianças com seletividade e recusa alimentar - uma questão de processamento sensorial
Estas dicas servem para qualquer criança que apresente sinais de Disfunção de Processamento Sensorial.
-valorize a experimentação do corpo todo integrado aos sentidos vestibular, proprioceptivo, visual e auditivo de maneira criteriosa. Isto faz parte do programa da terapia de integração sensorial e deve ser orientado para a família seguir a "dieta sensorial" necessária para cada criança.
-ofereça todo dia brincadeiras sensoriais que convidem a criança a explorar seu corpo e o ambiente de várias maneiras para conhecer e ampliar seu repertório sensorial.
2-"Mexa com as mãos". Um caminho para chegar à boca
Favoreça momentos lúdicos prazerosos de exploração tátil com diversos materiais, comestíveis ou não.
- massinha, argila, tinta. Papéis e tecidos com texturas diferentes que podem estar no ambiente e revestindo objetos que a criança usa no cotidiano
- farinhas, grãos, sementes, gelatina, mingaus coloridos, frutas. Mexer em alimentos secos e molhados, sólidos e pastosos, podendo fazer "melecas", de acordo com as possibilidades da criança. Mas tenha por perto um pano se ela quiser se limpar a qualquer momento.
- faça brincadeiras de transformação junto com a criança: uma farinha que vira mingau. Uma aveia que vira um biscoito.
- brinque de achar brinquedos dentro de uma caixa com grãos. Use meias para brincar para fazer fantoches.
- brinque de faz de conta simulando alimentar bonecos, fazendo comidinhas sensoriais.
3-"Alimente os olhos".
-Muitas crianças com dificuldade na sensibilidade tátil começam a explorar os alimentos pelos olhos. Podendo ser uma forma de acomodação ao estímulo tátil.
-crie bons hábitos alimentares com a família que a criança possa ver o modelo das outras pessoas.
-mostre a preparação dos alimentos. De qual fruta se faz o suco?
-faça combinações divertidas dos alimentos para deixar a refeição convidativa. Para alguns pode ser interessante os alimentos de cores contrastantes. Pesquise e experimente.
4- "Respeite o tempo"
-sempre comece pelo que a criança gosta e consegue suportar. Se no começo ela só conseguir olhar e não tocar, respeite.
-ou se for preciso deixe comer os alimentos separados e em quantidade menor.
-para alguns é necessário um tempo maior e um certo modo para conseguir processar as informações.
-valorize sempre os mínimos progressos. Eles podem aumentar!
5- "Prepare a boca"
-antes das refeições, se for possível, estimule brincadeiras orais com cantigas e expressões faciais diferentes
-ofereça bolinhas de sabão, apitos ou outros brinquedos de sopro
-se a criança permitir faça toques com pressão na região oral
-use vibradores orais em contexto de brincadeira.
-coloque algum elemento novo naquela brincadeira conhecida, de acordo com o nível e faixa etária da criança. Quanto mais ela aprender a se adaptar às diferenças mais terá recursos internos para amadurecer a auto-regulação.
7- " Prepare o ambiente"
-a partir do perfil sensorial da criança faça as acomodações necessárias ao ambiente para evitar momentos de desorganização.
-apresente cartelas visuais preparando a sequência da rotina. Elas ajudam a muitas crianças a preverem o que vai acontecer e acomodar uma possível ansiedade.
-deixe o ambiente tranquilo. Preste atenção ao que a criança não gosta além da comida. Por exemplo, para crianças que se incomodam com barulho alto não ligue o liquidificador no momento da refeição.
8- " Ritualize"
-deixe sempre definido a hora, duração e local da refeição. Que seja de preferência sentado à mesa, com os pés apoiados. Evite ligar a TV ou aparelho eletrônico.
-coloque regras claras. Principalmente quanto ao item de qualidade alimentar. Procure não oferecer líquido antes da refeição e nem guloseimas substituindo a refeição para não interferir no apetite.
9- "Valorize a independência "
-incentive a participação ativa da criança mesmo que seja possível só em curtos períodos. Tente favorecer a imagem e sensação do movimento de alimentar-se sozinha, fazendo junto com ela e organizando a ação.
10- " Prepare-se".
Não é fácil para algumas famílias. Busque em você uma atitude de auto conhecimento e aceitação do que for possível. Ao mesmo tempo alimente o vigor para continuar os desafios. Reserve um tempo para cuidar de você também.
Lembre-se: cada momento lúdico e de prazer é um passo para a autonomia, para qualquer um, no nível que puder ser!
Adorei. Está de parabéns! Excelente conteúdo!
ResponderExcluirObrigada, Mariluce! Espero que sirva para muitos.
ExcluirAbraços
Muito obrigada pelas dicas!realmente brilhante, pois podemos adaptar elementos que temos em casa!
ExcluirMuito legal.. Gostei bastante.. parabéns.
ResponderExcluirMeu filho é bastante seletivo. Muito boa a matéria.
ResponderExcluirObrigado...continue nos ajudou...
ResponderExcluirObrigado...continue,nos ajudou bastante...
ResponderExcluirSuper, super Beth.
ResponderExcluirSempre um prazer imenso ler seus posts tão objetivos e efetivos!
Gi
Obrigada, querida. Bom poder divulgar a promoção da saúde!!!
ExcluirObrigada, querida. Bom poder divulgar a promoção da saúde!!!
ExcluirParabéns, muito bom, didático e esclarecedor,
ResponderExcluirSeu post é interessantíssimo. Sabemos de muitas coisas que tu citastes, mas, o progresso é tão lento que a gente pouco se apercebe de que as coisas vão mudando. Daí, a gente lê uma matéria dessa e se impolga de novo. Então, é bom lermos sempre matérias enriquecedoras como está. Obrigada!!!
ResponderExcluirMinha filha tem 3 anos é autista, ela recusa quase todos os alimentos, exceto vitamina de banana, abacate e suco de uva com leite e ainda come uma pipoquinha. Não sei o que fazer para ela comer, talvez essas dicas sejam uma saída. Obrigada por compratilhar
ResponderExcluirOlá, Jujuba. É comum crianças dentro do TEA apresentarem seletividade alimentar. Procure conversar com a equipe que trabalha com ela sobre uma avaliação de Integração Sensorial com uma terapeuta ocupacional.
ExcluirBoa sorte.
Olá Ana
ResponderExcluirAmei seu blog, muito me ajudou a entender um paciente que chegou a pouco tempo com histórico de deficiência auditiva mas cada vez mais percebo traços autístico e ler essa publicação me deu ainda mais direção uma vez que, esse paciente apresenta baixo peso e uma alimentação muito restrita.
Vou pegar algumas de suas dicas e adaptá-las para meu atendimento com esse paciente.
Amei essa troca .
Parabens
Bjos mari
Olá Ana
ResponderExcluirAmei seu blog, muito me ajudou a entender um paciente que chegou a pouco tempo com histórico de deficiência auditiva, cada vez mais percebo traços autístico! e ler essa publicação me deu ainda mais direção uma vez que, esse paciente apresenta baixo peso e uma alimentação muito restrita.
Vou pegar algumas de suas dicas e adaptá-las para meu atendimento com esse paciente.
Amei essa troca .
Parabens
Bjos mari
Que bom, Mari. Que ele ganhe com sua criatividade!
ExcluirCom o trabalho é orientação da T.O. da minha filha desde 1 ano e 10 meses (hoje tem 7) que tem autismo, trabalhamos com cada uma das sugestões acima e posso comprovar que são eficazes. Minha filha hoje é outra criança, sem tantas crises choro por causa das dificuldades sensoriais que englobam tudo (vestir, brincar, comer). Requer realmente perseverança paciência, o trabalho de uma profissional dedicada e pais que sigam as orientações em casa. Maravilhoso ver tudo bem explicado aqui e fácil de entender. Parabéns!
ResponderExcluirQue bom, Carol. Os posts servem para isso. Aproveitem!
ExcluirParabéns pelo blog!! Muito importante a estimulação sensorial para trabalhar com recusa alimentar. A linguagem usada é bastante acessível!! Adorei
ResponderExcluirAproveite, Zulmira... e dissemine.
ExcluirBom dia dra gostaria de um contato seu para agendar uma consulta de avaliacao para o meu filho, preciso de ajuda pelo que tenho lido a respeito ele se encaixa em 100% nesse diagnostico. meu contato simone.fellegger@gmail.com
ResponderExcluirAtt. simone fellegger
Olá, Boa noite!
ResponderExcluirMe chamo Jamile e tenho um bebê prematuro extremo e tem PC. Tem1 e 2 meses de idade cronológica e 11 e 9 dias corrigido.
Ele chora muito quando vai comer, se irrita, não abre a boca. Comer pra ele é uma tortura. Fico desesperada, pois não tem nada que ele goste.
Começou as sessões de fonoterapia para aprender a deglutir e parar os engasgos, hoje já faz a deglutição direitinho tem menos engasgos, mas continua rejeitando os alimentos. Já tentei de tudo...sabores diferente, texturas, mas nada o agrada. Ele estar a baixo do peso o que vem preocupando a pediatra.
Gostaria de um conselho, pois das 10 dicas sitadas a maioria não tem como fazer por ele ser pequeno.
Fico esgotada, pois dar comida a ele é um desesgaste físico e psicológico.
Ficarei eternamente grata pelas dicas.
Olá, Jamile. Essas orientações são do ponto de vista mais amplo e preventivo. Pelo que você relatou seu filho precisa de atendimento multidisciplinar. Seria interessante ele passar por avaliação com terapeuta ocupacional com formação em Integração Sensorial e Distúrbios alimentares que poderia se fazer um trabalho em parceria junto com a fono. Além disso, muitas vezes as questões de processamento sensorial estão além do território da boca e pode ser necessários investigar de maneira global. Espero ter lhe ajudado
ExcluirBoa Noite meu nome é Mirella minha filha vai fazer 6 anos em março . Desde um ano e meio de idade ela não come comida não come arroz não come lanche pizza pão macarrão não come nada .a alimentação dela é peixe batata frita carne e frango . Não come nenhum tipo de fruta nem verdura nem legumes . Já levei em vários médicos porém não tive resposta nenhuma . Eles apenas me falaram que quando ela quiser ela vai comer . Já não sei oq fazer è horrível ver sua filha não comer comida nem lanche nem pizza . Antes não podia nem chegar perto dela com o prato de comida hj já está um pouco diferente . Não sei mais o que fazer me ajude por favor
ResponderExcluirOlá, Mirella. Vamos conversar mais um pouco para saber quais profissionais vc procurou e encaminhar seu filho para uma avaliação. email: aeoprado@uol.com.br
ResponderExcluirAbraço
Olá meu nome Catarina tenho um filho com displasia do septo óptico ele só tomar bem a mamadeira não come outra comida.já mandaram tira a mamadeira q assim ele já fiz mais não adiantou não sei mais o que fazer por favor me ajude já me falaram que ele não come pq não ensinei.me ajude por favor.
ResponderExcluirOlá meu nome Catarina tenho um filho com displasia do septo óptico ele só tomar bem a mamadeira não come outra comida.já mandaram tira a mamadeira q assim ele já fiz mais não adiantou não sei mais o que fazer por favor me ajude já me falaram que ele não come pq não ensinei.me ajude por favor.
ResponderExcluirOlá meu nome Catarina tenho um filho com displasia do septo óptico ele só tomar bem a mamadeira não come outra comida.já mandaram tira a mamadeira q assim ele já fiz mais não adiantou não sei mais o que fazer por favor me ajude já me falaram que ele não come pq não ensinei.me ajude por favor.
ResponderExcluirOlá Ana, boa tarde! sou mãe da Laura ela tem 10 meses. Depois de tanta pesquisa encontrei esse mar de informações incrível que é o seu site! Obrigada por compartilhar tanto conhecimento! Será que você pode me ajudar?! Minha bebê é bem seletiva para algumas frutas, aceita na boca mas cospe...estamos estimulando com sabores e texturas diversas...mas o que está me preocupando ainda mais é o fato dela ficar muito irritada quando colocamos algum alimento na mão e tentamos levar à boca...ela não tem o hábito de levar coisas e alimentos à boca. Há algo que eu possa fazer para ajudar?
ResponderExcluirOlá,Elisângela. A seletividade alimentar pode ser algo comum da fase do desenvolvimento ou alguma imaturidade de processamento sensorial, dentre outros fatores.
ExcluirObserve se há algo mais que a incomoda como tocar em brinquedos com texturas diferentes, pisar na areia ou grama, incômodo com roupas ou em outros momentos no dia a dia, cheiros diferentes. Sinais de alterações de humor, de sono, ou com cuidados básicos diários como na hora do banho e vestuário, associado a incômodos na alimentação podem ser sinais de alteração de processamento sensorial.
Para alimentação, observe qual tipo de consistência que ela prefere e inicie a deixá-la pegar os de sua preferência. Oferecendo em pequenas porções aquelas que são mais difíceis de aceitar. Deixe alimentos livres na mesa para ela pegar com as mãos, olhar e levar, se quiser, à boca . Nunca a force a ingerir algo que provoque incômodo. Coma junto com ela. Olhe algumas brincadeiras de "meleca" em outras postagens sobre sistema tátil.
Se persistir procure uma Terapeuta Ocupacional especializada.
Olá !! Tenho sofrido muito com minha filha de 1ano e 9 meses por causa da rejeição d textura , não aceita nada solido ou grao só liquido . Estou muito preocupada. Tive rubéola e citomegalovirus n gestação dela.
ResponderExcluirOlá !! Tenho sofrido muito com minha filha de 1ano e 9 meses por causa da rejeição d textura , não aceita nada solido ou grao só liquido . Estou muito preocupada. Tive rubéola e citomegalovirus n gestação dela.
ResponderExcluirAmei as dicas! Obrigada pela postagem.
ResponderExcluirOlá, achei incrível esse site. Depois de tantas pesquisas consegui neste poste ter quase certeza que meu filho tem TBS só que ele tem quase todos os sintomas do hipossensinbilidade e apenas um do hipersensibilidade que é a seletiva alimentar. Tem como isso ser possível? Ele tem 3 anos, e só come o que faz barulho, tipo bolachas, biscoitos, pipocas ... Nada de frutas, legumes, nada feijão, macarrão e arroz só se estiverem crus.
ResponderExcluirObrigado
Olá, não sei seu nome.
ExcluirAs questões de hiper ou hiporreatividade merecem ser bem investigadas. Há crianças que podem apresentar diferenças entre a modulação dos diferentes sistemas sensoriais. Por este motivo que devem ser avaliadas por TO com formação integral em Integração Sensorial.
Por que? Uma avaliação criteriosa irá guiar o raciocínio clínico para levantamento de hipóteses e planejamento da intervenção.
Além de poder ter alterações distintas, muitas vezes um engano de interpretação dos achados pode levar a tratamento ineficaz.
Espero que tenha ficado claro.
Abraço