segunda-feira, 27 de junho de 2011

A produção de corpos - do terapeuta, cliente e família

Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

Há muitos anos que me preocupo com o rumo dado ao cuidado e manutenção da saúde do corpo de quem trabalha, se relaciona, brinca, cuida, aprende e vive. Todos nós!
Felizmente os tempos são outros. Hoje não cabe mais aquela velha prática velada: "eu sou o que detém o saber  e vou te curar. E você pacientemente aceitará o que eu disser".
Atualmente temos um número cada vez maior de informações e estamos desenvolvendo uma linguagem com recursos e formas de interação dos diversos conhecimentos. Com tanta informação não é difícil saber que nós, terapeutas, precisamos continuar o processo de "trabalho" sobre nós mesmos se quisermos ter a intenção de "tratar" alguém. Como também olhar para a família que sustenta todo o processo junto ao cliente. Que corpo é este numa multidão? Como faz, como sente, como troca, como cresce, como quer, como toca...como vive.
Acredito que somos um organismo no qual para viver precisamos reconhecer o modo de funcionamento e a valorização da cooperação das partes para o todo se organizar e viver melhor. Seja terapeuta, família ou o sujeito que está no centro do processo.
Uma das referências do meu trabalho tenho como base o Processo Formativo do Stanley Keleman que a Regina Favre tão bem desenvolve aliando a outros autores. Nos anos que vivi intensamente esta formação pude me debruçar nestas questões e passar a olhar a vida como um processo contínuo e orgânico. Com muitas variáveis e desafios. Do micro ao macrosistema. Da célula a biosfera.
Por isso que continuo a estudar e praticar abordagens terapêuticas corporais, em mim e com as pessoas que me procuram.
Deixo um link para quem quiser ler mais sobre o Processo Formativo:
http://laboratoriodoprocessoformativo.com/2011/05/agregando-linguagem-das-ciencias-a-gramatica-da-producao-de-corpos/

domingo, 5 de junho de 2011

Para crianças com disfunção neuromotora e sensorial - o brincar na postura sentada. Uso de material reciclável.

Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Aproveitando o Dia Mundial do Meio Ambiente coloco um "cantinho" que fiz para uma criança pequena usando caixa de papelão. Este modelo é indicado para as crianças que estão iniciando a sentar mas precisam de suporte para brincar à mesa. É uma fase para exercitar a habilidade de suporte de membros superiores para organização do sentar e descobertas das possibilidades manuais no brincar integrado ao desenvolvimento global.


Recortando a caixa para fazer a mesa. Depois cola e mais cola. Papelão sobre papelão para ficar resistente.


Experimentando se ficou funcional. Fiz um encosto de papelão para encaixar



Revesti a caixa com tecido que tinha. A única coisa que comprei foi o EVA preto para a mesa ficar mais resistente e indicada para crianças com baixa visão.

Vale lembrar que esta é só uma das diversas posturas que as crianças precisam para crescer brincando. O legal é "ganhar" o mundo podendo se descobrir nos diversos planos, posturas, ritmos, modos de conhecer e aprender.
Bem, agora vamos ver quanto tempo dura o "cantinho" e se vai ser necessário fazer ajustes conforme o uso.