quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Terapia Ocupacional com crianças que têm dificuldades em brincar - reflexões

Este post surgiu a partir de uma sessão que senti ser um bom encontro. E se tornou um desejo de refletir e compartilhar com outras terapeutas ocupacionais que acompanham crianças que apresentam dificuldades em iniciar, manter e/ou finalizar brincadeiras.



Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Olhares atentos e escuta fina...
Algumas vezes é preciso brincar em 4 mãos, mas sem esquecer que são dois corações, dois sujeitos.
Um dos exercícios em ser terapeuta ocupacional é refinar a escuta, de si mesmo e do seu par.
Outro exercício é provocar situações lúdicas sem tolher o nascer do brincar autêntico da criança.
É preciso estar sintonizado para sentir o que se anuncia.
Sentir os gestos, o modo, as inquietações, e por que não, o conforto.
Procurar um lugar e tempo de organização no qual quando for para falar, se fala ou quando for para calar se sente no ambiente aquele silêncio que aos desacostumados pode ser inquietador mas aos afortunados pode ser acalentador.

Comece pelo simples e concreto: brinque com o corpo. 
Preste atenção ao seu tônus quando você estiver brincando com a criança. Saiba que a dupla pode interferir mutuamente na regulação do tônus.

Pesquise elementos que ajudam a uma organização primária como os materiais sensoriais. O sentir promove auto-conhecimento e confiança para aprender sobre a realidade.

Introduza aos poucos os brinquedos significativos para a criança. Daí talvez possa nascer o jogo  e o brincar compartilhado. Respeitando o tempo e o modo de cada um.

Lembre-se: fique disponível para usar o seu conhecimento, mas sobretudo fique aberto ao novo e inesperado. Você pode ser surpreendido.

"No caminho é que se vê..."
Na interação é que se sente um bom encontro.


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