terça-feira, 19 de março de 2013

Brinquedos populares: pérolas para coordenação motora fina


Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Brincando e resgatando memórias... e por que não, habilitando as mãos, arteiras por excelência!!!


Este post escrevi para o site de Reabilitação Cognitiva. Segue o link
Sugestões de brinquedos para coordenação motora fina

Sugestões de brincadeiras para crianças com dificuldades de aprendizagem usando material de baixo custo Parte II


Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Continuando a postagem Parte I... as experimentações continuam com o uso das rebarbas de EVA. Eba!
Dá para terapeuta ou professor traçar o modelo de traçado na lousa e a criança reproduzir.
Trabalha relação espacial, posição no espaço, sequência, coordenação viso motora e organização postural com maturidade vestibular em realizar movimentos de planos diferentes para olhar e fazer a cópia.
Uma variação é a criança criar um novo traçado e ela reproduzir com o EVA.
Outra forma é a criança fazer primeiro no EVA e depois desenhar o traçado. São novas relações do corpo, do material e as representações.
Esta brincadeira pode ser feito, por ex, na aula de Educação Física. O aluno com Disfunção de Processamento Sensorial deve ter um tempo maior para fazer e devem ser respeitadas as adaptações necessárias para cada aluno, como ter cartões dos desenhos nas mãos.
Deve ser lembrado que quem tem imaturidade no sistema vestibular apresenta maior dificuldade quando precisa movimentar a cabeça em planos diferentes e localizar o alvo também em planos diferentes, e ainda mais com estímulo visual em sequência. O professor considerando isso irá promover um melhor desempenho do aluno. O segredo é quando houver alguma dificuldade, fazer passo a passo para garantir o sucesso.

Olhar, fazer e olhar... em planos diferentes


Outra forma de brincar na terapia de Integração Sensorial é traçar um caminho para descer na rampa sobre o skate na posição de decúbito ventral e acertar o alvo. Esta  brincadeira favorece ganho de coordenação manual, integração bilateral para subir na rampa se puxando pelas mãos, ganho de tônus extensor, estimulação do labirinto dando imput ao sistema vestibular, em integração aos sistemas visual e somatosensorial. Tudo de bom!!! Principalmente porque as crianças adoram!

Manejo de velocidade, equilíbrio e precisão.

quarta-feira, 13 de março de 2013

terça-feira, 12 de março de 2013

Curso de Integração Sensorial para Educadores

Numa linguagem voltada às necessidades dos educadores em compreender o processo de Integração Sensorial e as disfunções apresentadas em alguns alunos com dificuldades no desempenho escolar.
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terça-feira, 5 de março de 2013

Tocar e ser tocado - reflexões de uma terapeuta ocupacional





Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Do ponto de vista fisiológico tocar envolve um grande número de receptores, sensações, neurônios, músculos, lugares de superfície e profundidade...da pele pra dentro com o próprio corpo, da pele pra fora com o meio externo, da pele de quem toca e da pele de quem é tocado. 

Tocar tem nome e endereço, mas infinitas representações subjetivas. Lugar do físico e do sensível. Da construção de identidade, de linguagem, de comportamento. O fluxo de informações entre a pele e o cérebro é contínuo até quando estamos dormindo. Cada corpo se retroalimenta dando um sentido de unidade e é alimentado a partir das interações com os outros corpos. 

Desde o útero até o final da vida os sistemas tátil e proprioceptivo constituem um papel fundamental  no sentido do corpo. E juntos com os outros sentidos irão integrar corpo, percepção e emoção preparando para aprendizagem, diariamente.. 

Há uma infinidade de escritos sobre o tocar pela perspectiva das funções neurológicas,  afetivas e espirituais. Por ora, gostaria de comentar sobre o nosso tocar como terapeutas.
Somos terapeutas que tocamos muito. Valorizamos o uso das mãos, as nossas e das pessoas que nos procuram, dos objetos e do uso destes, visando a autonomia.

O toque pode organizar, nutrir, sinalizar território, proteger, direcionar, conhecer, discriminar, comunicar, afetar, compartilhar. 

O tocar pode ir além da pele, além do corpo físico. 
Por tantos motivos e significados devemos sempre ter o cuidado ao tocar as pessoas em nossos atendimentos já que o uso inadequado pode ser, ao contrário, um elemento desagregador dos seres em questão. Por exemplo, algumas pessoas precisam, pelo menos durante algum tempo, que tenha algum elemento intermediário na pele ao ser tocado, como a própria roupa ou um lençol. Muitos bebês com hipersensibilidade tátil sofrem quando são tocados diretamente pois recebem o toque como invasão, como algo desagradável. É necessário conhecer a história do sujeito, suas preferências sensoriais e investir nos elementos que organizam para daí se construir juntos outros modos de conhecimento de si e do mundo.

Que tal umas perguntinhas reflexivas? 

A partir de que lugar você toca o outro? A partir do lugar de acolher, conhecer ou só pela necessidade em aplicar uma técnica? 
O que guia o seu toque? Como se constrói o setting terapêutico a partir do toque?
Como você fica em sintonia com o cliente para perceber os efeitos do seu trabalho?
Em que nível de importância você coloca a técnica e o conhecimento do sujeito, incluindo família e cuidador?
Em que nível de presença do seu próprio corpo você se relaciona com o corpo do cliente? 
Como lhe afeta tocar e ser tocado? 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dicas para brincar com bebês


 Todo bebê precisa de... brincar! 

Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO
Ser tocado, alimentado e cuidado faz parte das necessidades básicas.
As experiências sensório-motoras também são alimentos para o corpo, e ao mesmo tempo são produzidas mediante às solicitações do ambiente.
Vivemos hoje uma crescente falta de tempo dos pais e ao mesmo tempo grandes ofertas de brinquedos industrializados. Nada contra a tecnologia, ela nos serve muito bem! Mas que ela venha junto com a continuidade de brincadeiras simples e conhecidas para as vivências sensório-motoras para cada fase de vida.
O bebê no primeiro ano de vida está começando a se conhecer e conhecer o mundo físico. Ele precisa ter a oportunidade e o tempo favorável para sentir, movimentar e estabelecer as primeiras relações. Antes do brinquedo há o corpo do bebê, o corpo da mãe, do pai, dos irmãos, dos cuidadores e educadores. Este encontro se dá por meio das sensações e movimento.
Quando o bebê se  movimenta, balança e é balançado, toca e é tocado, emite sons e ouve, cheira e é cheirado, prova o sabor da própria mão, sente a textura do seio da mãe, do brinquedo, dos alimentos, ele está construindo uma identidade em pequenos e contínuos eventos cotidianos que irão nutrir todo o organismo, em termos físicos e emocionais.

Qualquer momento pode ser uma brincadeira.


Favoreça oportunidades ricas e diversificadas para o bebê construir os "mapas" sensoriais e integrar ao desenvolvimento:
-deixe acontecer situações do bebê se sujar, por ex, com a comida. Reserve um horário para ele se demorar mais na alimentação. Colocar a mão dentro de um mamão é uma rica brincadeira.
-valorize os momentos de troca de fralda e roupa, e do banho como vivência sensorial do corpo e dos materiais, bem como a construção da relação com quem cuida. Toque e deixe ser tocado.
-sempre que possível, com segurança, e que não gere desconforto para o bebê, dançe, balançe, promova mudança de postura e planos para ganho funcional das reações labirínticas. Isto irá ajudá-lo no desenvolvimento global.
-dê brinquedos com diferentes texturas, tamanhos, cores e temperaturas. por ex, além de brinquedos de plásticos ofereça brinquedos de madeira e tecido.


-se tiver oportunidade faça você mesma ou compre brinquedos feitos manualmente. Eles sempre tem atrativos múltiplos e sensoriais. Mas sempre avalie a segurança.

Chocalho grande para segurar com as duas mãos, percepção de peso, volume, som, textura e visual

Chocalho com alça feito com sementes, pote de iogurte, forrado com tecido de texturas diferentes.
A alça serve também para crianças com dificuldades de agarrar objetos



Para entender mais sobre a importância dos bons alimentos sensoriais leia sobre Integração Sensorial. Há varias postagens neste blog.

Mais uma sugestão que recebi
Clique aqui para ver outro tipo de brinquedo de tecido

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sugestões de brincadeiras para crianças com dificuldades de aprendizagem usando material de baixo custo


Por Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO

Bem, vocês sabem que com terapeuta ocupacional(TO), nada se perde...tudo se aproveita...e sempre se cria!
Eu tinha umas rebarbas de EVA de um tapete que não usei para esse fim e fui experimentando o que vinha a partir das vivências com as crianças. No inicio era só um caminho mas TO e criança juntos, já viu?! Aí vem brincadeira.
As imagens já dizem: foi labirinto para passar pelo fosso de crocodilos, formar e caminhar sobre palavras, construir cabanas e passar sem derrubar, fazer castelos, fogueiras e até cidades com shopping e alienígenas no carnaval , com direito a história escrita e tudo.
De uma atividade concreta podemos planejar, inventar, reunir, representar, comunicar e o mais legal, brincar com a imaginação e praxias... e o corpo presente fazendo e acontecendo!!!


Caminhando no que construi
Pequenas palavras...grandes significados

Conhecendo territórios

Afinando a força e precisão

Tempo, cuidado e equilíbrio

Caminho para jogo sobre skate

História criada: "Alienígenas no carnaval da torre Eiffel"
Registro da história
Com pouco material, criatividade e sintonia com a criança podemos ir longe!